terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Saimos de Pomerode dia 15/11/2008 `as 00:30 regados a muito e biritas e expectativa de um grande show !!!

Foi meu primeiro tour com essa galera de Pomerode, agradeço muito ao Klaus pelo convite.

Noite de pouco sono, pra dizer melhor nenhum segundo de sono, pois quando começou a bater a fadiga, estava amanhecendo.

Bem, curti Judas a minha vida toda, colecionando seus discos de vinil.

Me lembro muito do Screaming for Vengeance, eta sonzaço !!!
Chegada ao Credicard Hall.
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Anti-stress !!!

Judas na cabeça !!!

\m/
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Ingresso !!!



Em sua quarta passagem pelo Brasil, a banda inglesa de heavy metal Judas Priest demonstrou com facilidade por que é considerada um dos nomes essenciais do gênero.

Quem esteve no Credicard Hall, em São Paulo no último sábado (15), pôde contar mais uma vez com o carisma e a competência do vocalista Rob Halford, duelos certeiros entre os guitarristas Glenn Tipton e KK Downing e peso e precisão fornecidos pelo baixista Ian Hill e o baterista Scott Travis, único integrante atual que não fez parte da formação clássica da banda nos anos 70 e 80.

A apresentação de cerca de 1h35 provou que o Judas Priest se encontra numa boa fase de sua história de quase 40 anos. Seu último lançamento, o álbum conceitual "Nostradamus", lançado este ano, tem sido considerado um dos melhores da carreira da banda.

Assim, o repertório misturando clássicos do passado com material novo não tinha como decepcionar o público, que praticamente lotava o Credicard Hall. A multidão, que transcendia gerações, tinha grandes quantidades tanto de adolescentes quanto de fãs de meia idade, que acompanham a banda desde os anos 70. Era possível ver até mesmo famílias inteiras, com pai, mãe e filhos vestindo camisetas do Judas Priest.
Antes mesmo da banda começar a tocar, o elaborado palco que tem sido montado durante toda a turnê de "Nostradamus" já impressionava, com suas plataformas, escadas e bandeiras gigantes no fundo, que se alternaram conforme o tema de cada canção.

A banda entrou às 22h15, com a dobradinha da climática introdução "Dawn Of Creation" e "Prophecy", que abrem o novo álbum. Durante os primeiros minutos, a platéia se perguntava onde estaria Rob Halford, até que o que parecia ser uma estátua representando uma espécie de mago metálico, começa a se mexer, revelando se tratar do vocalista.






Mesmo não se movendo tanto quanto antigamente, os integrantes conseguem manter o público hipnotizado com sua experiência de veteranos. A dupla de guitarristas merece todo destaque, com Tipton em particular mostrando que aos 60 anos de idade está cada vez mais rápido e certeiro.

Foi na terceira canção, "Metal Gods", do clássico álbum "British Steel" (1980) que os ânimos começaram e se aquecer. Num dos pontos altos do espetáculo, os fãs levantaram em massa as mãos, fazendo o famoso sinal diabólico que simboliza o heavy metal e cantaram a faixa em uníssono do começo ao fim.

Em seguida, Halford emendou o primeiro dos discursos que faria durante o show, honrando a lealdade dos fãs do "heavy fucking metal". Enquanto outras bandas de sua geração demonstram certa vergonha do rótulo, o Judas Priest sempre hasteou com orgulho a bandeira do estilo. Clichê? Talvez, mas eles ajudaram a inventar.

A partir daí o agito estava garantido até o final do espetáculo. Durante os sucessos dos anos 70 e 80, como "Breaking The Law", "Rock Hard, Ride Free" e "Sinner" a energia era alucinante, especialmente nos refrões.

Mas o ponto alto do repertório foi a faixa-título do álbum "Painkiller", de 1990. Querido do público nacional desde que o Judas Priest se apresentou pela primeira vez no país em 1991, trazendo a turnê do álbum ao festival Rock In Rio II. A música foi recebida com entusiasmo ainda maior do que as demais, antes mesmo do primeiro acorde, já no solo introdutório do performático Travis, que sempre que podia, fazia malabarismos com as baquetas.




Set List



Depois de "Painkiller", como de costume, a banda fez que ia embora. Ninguém acreditou e, sob gritos de "Judas", voltaram para uma trinca de clássicos bem escolhida, com "Hell Bent For Leather", "The Green Manalishi" --faixa do Fleetwood Mac que o Judas Priest transformou em sua -- e "You've Got Another Thing Coming", que Rob Halford começou a cantar enrolado numa bandeira do Brasil. Até que a banda encerrou de vez a apresentação às 23h50.

Com cenário de primeira, desempenho invejável, som bem equalizado, carisma e repertório irrepreensível, o show ofereceu tudo o que um fã de heavy metal poderia pedir. Mais do que isso, a fase atual mostra que o Judas Priest é uma das raras bandas do gênero que conseguem aliar relevância e longevidade.
SET LIST:

01. Intro: Dawn of Creation
02. Prophecy
03. Metal Gods
04. Eat Me Alive
05. Between the Hammer and the Anvil
06. Devil's Child
07. Breaking the Law
08. Hell Patrol
09. Messenger Of Death
10. Dissident Aggressor
11. Angel
12. The Hellion / Electric Eye
13. Rock Hard, Ride Free
14. The Sinner
15. Painkiller
16. Hell Bent for Leather
17. The Green Manalishi (With the Two-Pronged Crown)
18. You've Got Another Thing Coming